
O Reino Unido se prepara para enfrentar a terceira onda de calor do verão, com duração prevista de até uma semana, temperaturas elevadas e impactos diretos na saúde pública e na rotina da população.
O correspondente Felipe Killing, da Rádio Bandeirantes, relatou que a nova onda deve atingir níveis superiores aos registrados recentemente, inclusive superando temperaturas em cidades tradicionalmente mais quentes como Lisboa, Istambul e Roma.
Em Londres, os termômetros devem marcar 32 °C já nesta sexta-feira (11), o que representa um nível crítico para um país cuja infraestrutura não é preparada para enfrentar extremos de calor. Trata-se do terceiro episódio climático de calor intenso em menos de 30 dias, com abrangência nacional.
A Agência de Segurança em Saúde do Reino Unido emitiu alertas amarelos de calor para toda a Inglaterra, com destaque para os riscos à saúde de idosos e pessoas com doenças pré-existentes. Esses grupos estão mais vulneráveis aos efeitos do calor extremo, como desidratação, insolação e agravamento de quadros clínicos.
Durante o tradicional torneio de tênis de Wimbledon, que acontece neste fim de semana na capital inglesa, espera-se que as temperaturas ultrapassem os 30°C nas finais. A previsão inclui altos níveis de raios ultravioleta e de pólen, o que também impacta pessoas com problemas respiratórios e doenças alérgicas.
Como medida emergencial, uma companhia de água localizada no norte da Inglaterra anunciou a primeira proibição do uso de mangueiras. A restrição começa a valer nesta sexta e afeta mais de 5 milhões de pessoas. O descumprimento da norma pode acarretar multa de até mil libras esterlinas — o equivalente a mais de R$ 7 mil.
Além da capital, outras regiões do país também devem sofrer com os efeitos da onda de calor. No norte da Inglaterra, as temperaturas podem atingir os 30°C no sábado (12), enquanto na costa leste da Escócia há expectativa de quebra de recordes locais, com a previsão de até 31°C.
Esse novo episódio reforça a preocupação com as mudanças climáticas e seus efeitos no hemisfério norte, especialmente em países que não estão estruturalmente preparados para lidar com extremos meteorológicos. O governo britânico segue monitorando a situação e pode emitir novos alertas e recomendações à população nos próximos dias.