
O presidente Lula e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, trocaram farpas sobre um acordo de moradia para retirar famílias de uma favela na capital paulista. A favela do Moinho é a única do centro da maior cidade do país. Das cerca de 900 famílias que viviam por aqui, mais de 25% já saíram da comunidade.
Com demolição das casas, a região foi palco de protestos violentos no mês passado. Os ânimos só se acalmaram depois de um acordo fechado entre os governos federal e estadual. Acompanhado de ministros, o presidente Lula visitou, nesta quinta-feira (26), a favela na capital paulista para formalizar as medidas.
Um acordo entre o governo federal, que é dono do terreno e o governo de São Paulo, vai permitir a criação do parque do moinho. A iniciativa faz parte de um projeto antigo para revitalizar o centro da cidade.
No processo de desocupação, cada família vai receber até R$ 250 mil para comprar uma nova casa. O governo federal vai subsidiar uma parte, R$180 mil, e o governo estadual outra, de R$70 mil. Lula disse que só vai entregar o terreno depois que o acordo com os moradores estiver totalmente pronto e alfinetou o governador Tarcísio de Freitas, que não participou do evento.
“O governador foi convidado para vir aqui. Se ele não veio aqui, parece que ele tem um compromisso em São Bernardo, mas ele foi convidado”, disse Lula.
O governador Tarcísio de Freitas esteve numa entrega de mais de 100 apartamentos na grande São Paulo. e cutucou o presidente lula.
"A polícia habitacional do estado de São Paulo é uma política que tem obra, é uma política que tem endereço é uma política que tem rosto. A gente não tá sendo pautado pelo discurso, a gente tá sendo pautado pela entrega”, afirmou.
Ainda sobre a favela do Moinho, o plano prevê auxílio-aluguel mensal de R$1.200 até que as famílias consigam comprar uma casa nova.