
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu no Canal Livre a regulamentação de cassinos e bingos físicos, citando o bom exemplo que aconteceu com a regulamentação das apostas online, as chamadas bets. O ministro destacou que a aprovação das apostas online e a demora para as apostas presenciais é uma "inversão de prioridades" do Congresso.
Segundo o ministro, a liberação de cassinos não seria um "jogo de massa", mas uma atividade econômica estratégica, voltada principalmente para polos turísticos em locais específicos. Haddad destacou que com a regulação o potencial de geração de empregos e de atração de visitantes aumenta. Ele argumentou que a experiência presencial é mais restrita e controlável.
Segundo Haddad, o governo federal já identificou 30 milhões de CPFs únicos cadastrados em plataformas de apostas online regulamentadas. O caráter popular e massivo do jogo virtual, levou a arrecadação feita dos impostos sobre as apostas ser "carimbada" para a área da saúde.
O debate também abordou a hipocrisia de manter jogos como o Jogo do Bicho na ilegalidade, onde acabam financiando o crime organizado, enquanto a regulamentação poderia gerar receita para o Estado e empregos formais.
O projeto de regulamentação dos cassinos e bingos está parado no Congresso, após o Senado adiar a votação em julho deste ano.
Mercado de apostas online tem crescimento no Brasil após regulamentação
O mercado de apostas online no Brasil, popularmente conhecido como "bets", cresceu no primeiro semestre de 2025, o primeiro ano de operação sob um novo marco regulatório. Mais de 17,7 milhões de brasileiros realizaram apostas em jogos online no período, gerando um faturamento de R$ 17,4 bilhões para as casas de apostas.
A regulamentação, que trouxe mais segurança e regras claras para o setor, é apontada como o principal motor desse crescimento expressivo.